O estudo das moças

Monsenhor Landriot (A mulher forte – 1ª Conferência para senhoras) diz: “Só a religião pode formar as mulheres verdadeiramente fortes em todas as circunstâncias da vida, as mulheres verdadeiramente superiores, que dominam os acidentes, as desgraças da existência, as repugnâncias da natureza, os defeitos do caráter e os atritos contínuos em que a alma é como que triturada no meio de pesadas pedras, ou, o que não é menos doloroso, lacerada entre mil afiados espinhos. Só uma piedade profunda e séria poderá desenvolver, entre as mulheres, o temperamento moral que resiste às dificuldades, e torná-las semelhantes às aves, para se elevarem acima das nuvens e das tempestades, e melhor cumprirem os seus deveres, na severidade d'uma paz inteiramente celeste. Mas para ser semelhante à ave é necessário ter asas, e Deus só pode dar à alma as asas divinas, tão sólidas como leves, com as quais sobe e desce, como para disputar o prêmio da força e da agilidade dos príncipes do ar.” 



Eu gostaria de dar ênfase a este importante livreto, pois acredito que as mulheres vocacionadas ao matrimônio devem ficar familiarizadas com ele por toda a vida. Este belíssimo trecho nos chama a atenção pois evidencia o valor da religião na natureza feminina. É claro que há o valor também na natureza do homem, mas, percebam a elevação da mulher na religião. Percebam o grau de participação divina que Deus nos concedeu. 



Senhoras e senhoritas, podem perceber a enorme responsabilidade de sermos mulheres e ainda; católicas! Ó que grande presságio dos céus uma bela e santa mulher como esposa, como nos diz a Sagrada Escritura. Esforcemo-nos então, para sermos rainhas de nosso império, para sermos o que Deus desejou desde sempre, mulheres fortes. Ainda não ficou muito claro como seremos mulheres fortes? Enfatizarei melhor, tomando as palavras de Mons. Landriot novamente, em que ele diz:



“Começamos no passado entretenimento a copiar o retrato da mulher forte, tal como o Espírito Santo o traçou no livro dos provérbios: a mulher forte, de caráter simultaneamente doce e enérgico, compreendendo os seus deveres e cumprindo-os com uma perseverança que nada abala; a mulher forte, superior às misérias deste mundo, à malícia dos homens, e à injustiça da opinião; a mulher forte, presidindo com nobre dignidade a todas as minudências da sua casa, semelhante ao sol que ilumina e aquece o universo: Sicut sol oriens mundo in altissimis Dei. (Eccl. XXVI) A mulher forte é uma coisa rara, e tão preciosa como as pérolas que vêm das extremidades do mundo”.



Na busca de conquistarmos esse caráter raro e precioso, percebemos naturalmente a importância de uma vida regida na santidade - nas práticas das virtudes, nas orações e frequência aos sacramentos e à direção espiritual -, mas há algo valioso para esta conquista, que as moças muitas vezes esquecem e que venho lembrá-las. 



Sem os sacramentos, nossas orações e meditações, jamais chegaremos à santidade, naturalmente. Como esperam, então, senhoras e senhoritas, chegarem à sabedoria sem o estudo? Sem a busca incessante da Verdade? Muitos já me ouviram dizer: Buscai a Verdade sem cessar; esse certamente é o meu lema. Pois todas as mulheres que se dizem cristãs, acredito, deveriam desejar profundamente a Verdade, o conhecimento verdadeiro de todas as coisas e asserções possíveis e necessárias para nossa salvação. 


Primeiro, meditemos: o que é a Verdade? “Chama-se verdadeiro aquilo para o qual tende a inteligência” responde Santo Tomás de Aquino em seu primeiro artigo, que leva o título: “A Verdade está nas coisas, ou tão-somente na inteligência?”. Ora, aquilo para o qual tende a inteligência é o conhecimento. Ela busca conhecer o que a cerca, tão profundamente quanto possa. A verdade é, portanto, o caráter do nosso conhecimento: estar na verdade, conhecer as coisas realmente. “O verdadeiro é o termo em que o conhecimento repousa, seu bem, sua perfeição, seu coroamento; ao passo que o erro é o seu insucesso, seu aborto, seu mal, sua imperfeição”. ¹

Pois então, o critério da verdade é a CONFORMIDADE da inteligência ao real. “A inteligência de todo homem é feita para a verdade. Assim como a retina é feita para receber luz, e o pulmão o oxigênio, a inteligência também necessita conhecer a verdade. É a sua própria vida (...). A definição da verdade que resgatamos mostra-nos o estado de total dependência da inteligência em face do real. Longe de ser uma marca de orgulho, a posse da verdade é, portanto, a marca de certa humildade. É o sinal de que a inteligência soube deixar-se gravar e ser informada. A inteligência não aborda a verdade como um superior. Aproxima-se como um mendigo, um inferior. A inteligência está a serviço da verdade, e não o inverso. Serviço afetuoso, por certo, e entusiasmado, porém respeitoso”.²

Percebido, então, do que se trata a Verdade, que é o próprio Deus, ao qual nossa inteligência e vontade se inclinam e encontram conformidade, naturalmente percebemos a importância dos estudos e do conhecimento verdadeiro. Não me aprofundarei neste artigo para não perdermos o foco do objetivo que desejo expor aqui.

O primeiro ato de qualquer mulher de boa vontade é (serve para os homens, também), segundo seu estado e idade, empenhar-se no que eu chamo de purificação/apuração dos sentidos (penitências, jejuns, abnegação, desapego e etc), na ordenação de sua vida espiritual (sacramentos e orações) e de estudos (leituras, meditações e etc). Falarei neste artigo sobre a ordenação dos estudos das moças e darei sequência aos outros dois atos em outro artigo.

O que convém a nós, da belíssima natureza feminina, estudar e nos aprofundar? Eu poderia esbanjar referências, mas, nos contentaremos com esta por ora:

''Comumente as mulheres têm o espírito mais fraco e curioso que os homens; por isso não é conveniente empenhá-las em estudos, nos quais possam se obstinar. Elas não devem governar o Estado, nem fazer guerra, nem ingerirem-se no ministério das coisas sagradas. Não necessitam, pois, de extensos conhecimentos pertencentes à política, à arte militar, à jurisprudência, à filosofia e à teologia. Mesmo boa parte das artes mecânicas não lhes convém. As mulheres nasceram para moderados exercícios; porquanto seu corpo e sua mente são menos fortes e robustos que o dos homens; por outro lado, a natureza outorgou-lhes indústria, asseio e economia para ocupá-las sossegadas em suas casas.

Porém, que resultado brota da natural fraqueza das mulheres? Quanto mais débeis são, mais importante é que se fortifiquem. E não possuem elas deveres a cumprir? E deveres nos quais se escora a vida humana? Não são as mulheres que arruínam ou edificam a casa, que regulam a miudeza dos objetos caseiros e que, por conseguinte, decidem mais de perto o que diz respeito a todo o gênero humano? Eis como elas colhem a principal parte nos bons ou maus costumes de toda a gente. Uma mulher judiciosa, aplicada e cheia de religião, é a alma de uma grande casa, na qual verte ordem para os bens temporais e para a salvação. Até os homens, que toda autoridade possuem em público, nenhum bem efetivo podem estabelecer mediante suas deliberações se as mulheres não os ajudam a executá-las.

Não é o mundo um fantasma, é o conjunto de todas as famílias. E quem, com mais exato cuidado, pode civilizá-las que as mulheres, as quais além de seu natural mando, atentam ainda ao predicado de haverem nascido cuidadosas, atentas nos detalhes, industriosas, insinuantes e persuasivas? E podem acaso os homens esperar para si mesmos alguma doçura na vida se a sua mais estreita sociedade, que é o matrimônio, se torna amarga? E o que será dos filhos, que comporão o gênero humano no futuro, se as mães os estragam em seus tenros anos?

Eis, pois, as ocupações das mulheres; ocupações não menos importantes ao público que as dos homens, visto terem uma casa a dirigir, um esposo a fazer feliz e filhos a bem educar.''³


Vocês poderão dizer: "Mas os tempos mudaram". De fato mudaram, de fato deve haver prudência em examinarmos a situação que nos encontramos hoje e como podemos estudar sem trazer danos à nossa natureza e, ao mesmo tempo, não ficarmos na inércia da ignorância, o que pode acarretar falhas na educação dos filhos, cuidados do lar, negligência na vida espiritual e na busca da Verdade e desastres para a vida conjugal. Não, não, isso não é um aval para as moças saírem por aí debatendo sobre metafísica ou leis temporais. Esse é um aval para que as moças se especializem e se aprofundem no que REALMENTE importa: No cuidado com o lar, com a costura, culinária, cuidado com bebês e pessoas mais velhas, nas artes e música para alegrar seu lar, em como penetrar no espírito de seu esposo, na literatura, nas sete artes liberais e tudo o que envolve a boa educação dos seus filhos. Também devemos nos deleitar com as leituras espirituais, na história da Igreja e dos santos, mas, quando tratamos de filosofia e teologia, devemos ter certa precaução. 

"PRENDAS NA ESPOSA 

(...) Aqui mais interessa acentuar o valor das prendas interiores. Pois se destinam sobretudo à união das almas.

Inteligência. - Eis aí uma prenda de cujo valor para a felicidade do lar a esposa nunca poderá ter uma exata ideia. Pior é o caso, quando a prendada não se serve da sua inteligência. Com essa inteligência, atenta leitora, procurarás conhecer o marido, ouvi-lo com interesse e aconselhá-lo com prudência. Três tarefas ricas em encantos para o coração ou em imolações para teu devotamento... Evitarás o mais possível se passem despercebidas as ideias e as preferências de teu esposo. Gosta ele de música, às flores prefere a poesia ou os pássaros, aos quadros as estátuas, ao azul o verde, às orações longas as preces curtas? Farias mal se isso ignorasses, ou se disso pouco te incomodasses (...) Suponhamos que seja vasta e emaranhada a cultura dele. Ser-te-á impossível segui-lo como profissional. Pouco importa. Não é isso que procura o homem no casamento. Quer apenas uma auxiliar devotada a quem possa expor seus cuidados, mas certo de encontrar um coração de interesse por tudo (...) Feliz a família onde o bom senso e a fé cristã de uma esposa pairam como sol fulgurante nas horas de crise, ou de graves resoluções para a vida prática!

Aconselhar com prudência. - eis o terceiro brilho da inteligência feminina no casamento. Nunca poderá fugir desta missão aquela que deseja merecer com honra o título de esposa. Em certas horas terá de falar com prudência, a fim de bem governar a casa, os negócios. Como influir na educação sem o recurso do conselho? Mas para aconselhar é preciso ter uma cabeça calma e ponderada, leitora. Muito marido tem encontrado sua sorte na palavra serena e prudente da mulher. Foi ela que impediu um gesto infeliz, que apressou uma resolução necessária. Lá um dia ele volta alquebrado, desarvorado por causa de surpresas e traições. Nessa altura a esposa inteligente primeiramente adivinha o que acontece e depois, com muito carinho e tato, se interessa por tudo. Finalmente, ampara-o, soergue-o, dá-lhe o bastão na mão e lhe mostra a estrada do dever, da coragem. Convence-o de que nem tudo está perdido com a inesperada mudan­ça de um cenário.

Eu seria hoje um criminoso, se naquele dia minha senhora, assentada a meu lado, horas a fio, não houvesse serenado meu ódio, com seu bom senso e sua fé. Tal era a linguagem de um conhecido meu, leitora, saudoso da esposa que Deus lhe tirara. É preciso, perguntemos, que o marido deixe um companheiro perigoso, que não traga para casa jornais e livros duvidosos, que não ceda à tentação de pôr um filho em algum colégio protestante? Feliz dele, quando então sua vontade esbarra com argumentos inquietantes, que lhe expõe o bom senso da esposa! Mudará suas resoluções, porque ama sua esposa e não pode contradizê-la sem razão". 4

Acredito que já ficou mui claro que à natureza feminina não convém a universidade (mesmo que, na maioria das vezes, a vida social atual nos cobre certificados), mas, se não conseguimos escapar deste mal por inúmeras razões, é DEVER da mulher buscar uma área feminina e menos danosa ao nosso espírito. Que áreas são essas? Há inúmeras, se procurarmos com cuidado, mas, eu recomendo fortemente que busque as áreas de enfermagem, culinária, costura, lecionar como professoras ou, no caso de o marido ter um negócio próprio, cursar alguma área de administração (também ajudará no lar). 

Não há algo mais perigoso que uma mulher desbravando e conquistando as áreas masculinas como se não houvesse nada de mau, como se isso não prejudicasse seu espírito e sua formação como esposa, mãe e rainha do lar. Não há anomalia maior que um homem se sujeitando a aceitar tais profissões e se casando com uma mulher que, na verdade, é uma falsa católica (mesmo com boas intenções e ignorante sobre, mas, com mentalidade moderna. É dever do homem corrigi-la). A mulher deve conquistar e desbravar o recato, o silêncio, as sabedorias do seu lar, INTERIORIZAR suas potências e intelecto o quanto possível. Vejamos o que Padre Geraldo Pires de Souza diz:

" Galeria de moça

A quem, nesta desigualdade de número, pertencerá a primazia da inteligência? Sem temeridade pode-se apontar para o sexo forte. Ajuntemos uma circunstância mais favorecedora das moças que dos moços. É o ponto de honra. Infelizmente os últimos são muitas vezes pouco sensíveis neste ponto, ou dele se esquecem perante os divertimentos tentadores. Daí o insucesso de muitos. Foi o descuido e não a falta de inteligência o motivo fatal. Se eles fizessem questão de honra em mostrar a superioridade da inteligência, como elas se provar-nos a igualdade da sua, as estatísticas seriam um hino de louvor aos homens. Mesmo admitida a superioridade da inteligência, hipótese gentil, achar-se-ia sua possessora em situação de inferioridade por mera e pura natureza. Quando a alma feminina acede à verdade, entrega-se-lhe também sempre com sua incomparável potência de emoção. O homem, perante a verdade, examina-a com serena razão, reprimindo os ímpetos do coração; a mulher, ao contrário, já indaga com ternura. "É amoroso seu entendimento" - repetimos com Dante. Em tudo que seu espírito percebe, mete o coração sua delicadeza nativa e maternal. Converter a mulher em pura inteligência é impor-lhe a cruel amputação de suas mais preciosas qualidades. Não pode sentir-se humilhada em saber que não está principalmente organizada para a ciência, quando se reconhece destinada ao amor e devotamento - sem o que seria pura perda todo conhecimento humano.

Se estas linhas caírem sob os olhos de alguma leitora, não se zangue conosco. Cerre os punhos contra Grimaud, o irreverente autor delas, no seu livro intitulado 'Futures Épouses', página 70 e seguintes. Até muito aconselhamos a leitura desta obra. Para moças quase noivas será de grande utilidade. O leitor amigo, sendo noivo ou marchando para lá, ajude-nos neste conselho. Belo presente seria para uma moça de critério!

De outro lado é inegável que criatura alguma tem o direito de deixar extinguir-se a lâmpada da inteligência que Deus lhe confiou (S. Agostinho). Tem a moça justo direito às puras alegrias da inteligência. Procurar-lhe tais prazeres equivale a uma garantia. Assim se combate sua futilidade e ociosidade. Dá-se-lhe um contrapeso para o exclusivismo do amor; a própria piedade da moça lucra com as luzes do estudo. Fechando os parênteses, dizemos ao leitor que esposa doutora ou advogada não poderá ser mãe e exercer ao mesmo tempo a profissão. Sobrecarrega com responsabilidades exteriores, absorvida pelos interesses dos clientes, pouca vontade terá em condenar-se ao retraimento necessário. Exercendo também o marido profissão idêntica, teremos mais uma firma, onde ambos lucram, do que um lar no verdadeiro sentido.

Grimaud aconselha ao moço tal casamento, sob a condição de abandonar a esposa o exercício da profissão. Em todo caso, a reflexão na escolha deve ser bem-feita e bem ponderadas as eventuais garantias contra inconvenientes vindouros. As outras intelectuais - poetisas, escritoras, leitoras de livros profundos. etc. - podem fazer da vida doméstica um encanto para o esposo letrado. 'A camaradagem intelectual não mata a poesia do amor. O amor, se sabe idealizar a ignorância, sabe melhor ainda idealizar a ciência. Que abençoado estímulo para o homem, e que alargada base para a vida comum, se, em vez da superioridade fácil do esposo, atordoando o silêncio feminino com aforismos discutíveis, notar a existência de uma bela emulação com verdadeiras permutas! As graças exteriores não são suficientes para fundar apegos sérios, profundos e duráveis que supõem a estima e a confiança. Quantos maridos ficariam desarmados, se só tivessem a própria razão para convencê-los de que são homens razoáveis! A paz no lar com a amizade pela inteligência e pela colaboração de ambos, que se interessam por objetos de valor e desprezam as ninharias. Moça, com sólida formação intelectual, desdobra abençoada atividade, quando a cercam mais tarde os filhos. Não é com dois argumentos quaisquer que o filho a desarmará, para justificar procedimento e ideias. Guiar, educar, preservar: eis o papel da mãe; ora, guiar, educar, preservar, e saber' (Sertillanges). “ 5

Para não me alongar mais, já que as palavras do padre disseram muito, concluo sobre a filosofia e teologia: 

Recomendo que busquem um BOM diretor espiritual para ordenar seus estudos nesta área. Nesses tempos de crise a mulher, infelizmente, tem a necessidade de se aprofundar mais na filosofia do que o esperado, mas somente o necessário para guardar a fé e escolher um bom homem para dirigir seu lar e guiar a si e a seus filhos para a Verdade. Aconselho também buscarem boas amizades com mulheres já casadas ou senhoritas que tenham prudência e algum conhecimento sobre o assunto. Mas, ressalvo: a ordenação dos estudos é IMPORTANTÍSSIMA, ordenem os livros de prioridade e sigam este cronograma seriamente. Posso criar, mais tarde, um artigo falando apenas sobre isso e exemplos de ordenação de estudos para as solteiras, as namoradas, noivas e casadas. 


Salve Maria Puríssima.




Referência: 

¹ A Verdade - Ir. Jean Dominique, O. P;

² A Verdade - Ir. Jean Dominique, O. P;

³ François Fénelon. ''De l'education des filles'' (Da educação das meninas). Edition des Oeuvres complètes, tome V; J. Leroux et Jouby, Paris; Gaume Frères, Paris; L. Lefort, Lille; Outhenin-Chalandre Fils, Besançon, 1851;

4 Três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires Souza. Pg. 45,46 e 47;

5 Perante a moça - Pe. Geraldo Pires Souza. Pg 87 e 88.










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